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Um estudo da LCA Consultores, com base em dados do Caged, revela que 36% dos trabalhadores com carteira assinada no Brasil mudaram de emprego nos últimos 12 meses. Em 2019, esse índice era de 25%. O aumento é puxado, principalmente, pela Geração Z.
A movimentação é mais intensa entre os mais jovens:
Até 29 anos: 40% trocaram de emprego em um ano (eram 26% em 2020)
Entre 18 e 24 anos: 41% (eram 22%)
Até 17 anos: 42% (eram 30%)
Especialistas apontam que esse comportamento reflete uma mudança na relação com o trabalho. Para a Geração Z, ele é apenas uma parte da vida — e não o centro dela. Questões como propósito, qualidade de vida e flexibilidade têm mais peso do que estabilidade ou permanência.
Empresas ainda estão em processo de adaptação. Algumas, especialmente do setor de tecnologia, já se movem para criar ambientes mais alinhados com os valores dessa geração. Outras ainda resistem, insistindo em modelos tradicionais e presenciais, muitas vezes sem justificativa funcional.
O formato de trabalho também é ponto de tensão. A Geração Z prefere modelos híbridos ou remotos, com menos rigidez de horários. A imposição do modelo 100% presencial, geralmente defendida por lideranças das gerações anteriores, pode afastar talentos.
A Geração Z já representa 27% da força de trabalho global, e esse número deve chegar a 30% nos próximos cinco anos. O dado sinaliza um alerta claro: empresas que não se adaptarem a essa nova lógica correm o risco de perder relevância e competitividade no mercado.