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Uma nova geração de jovens brasileiros está voltando a sonhar com o emprego com carteira assinada.
Pesquisa da Generation Brazil, ONG dedicada à formação profissional e inserção de jovens no mercado de trabalho, mostra que 84% dos alunos formados em seus cursos ocupam empregos CLT — e a maioria se diz satisfeita com a estabilidade e as chances de crescimento.
O levantamento, que ouviu 461 ex-alunos formados entre 2020 e 2023, revela ainda que 85% permanecem empregados após três anos e 72% estão em ocupações consideradas de alta qualidade. Apenas 3% seguem atuando como autônomos.
“Podemos dizer que 100% de quem nos procura sonha com um emprego com direitos trabalhistas”, afirma Andrea Mitsui, diretora da Generation no Brasil.
Os números da geração CLT
84% dos formados estão em empregos com carteira assinada.
85% permanecem empregados após 3 anos.
80% das vagas CLT criadas no país até setembro foram preenchidas por jovens de até 24 anos.
57,4% dos novos postos industriais são ocupados por jovens entre 18 e 24 anos.
Esses dados refletem uma tendência mais ampla no país: segundo o Caged, só entre janeiro e setembro de 2025 a indústria criou 405 mil novas vagas formais, mais da metade delas preenchidas por jovens.
Por que o CLT voltou a ser atrativo
Para os jovens, o emprego formal representa segurança financeira, benefícios e chance de construir uma carreira de longo prazo.
De acordo com Mitsui, “empresas mais estruturadas oferecem planos de carreira e oportunidades reais de crescimento — não é apenas o salário do mês, é a perspectiva dos próximos cinco ou dez anos”.
A pesquisa também mostra que 82% dos ex-alunos da Generation conseguem se sustentar com seus rendimentos, e 58% conseguem poupar.
Além disso, mais da metade já evoluiu para cargos acima do nível de entrada.
CLT não é coisa do passado
A visão de que o emprego formal seria ultrapassado perdeu força. Segundo Mitsui, as empresas estão aprendendo a combinar estabilidade com flexibilidade:
“O mercado mudou. Hoje existem empregos CLT que oferecem autonomia, qualidade de vida e desenvolvimento — tudo o que os jovens buscam.”
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reforça a importância do modelo:
“A CLT garante férias, 13º, previdência e estabilidade. É um projeto de futuro — especialmente para a juventude.”
Porta de entrada para quem busca ascensão
Para jovens em situação de vulnerabilidade, o emprego com carteira é uma oportunidade concreta de mobilidade social.
“A CLT é uma ferramenta de inclusão poderosa. Ela garante o primeiro passo: estabilidade, aprendizado e perspectiva de crescimento”, conclui Mitsui.