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Preferência por trabalho autônomo cresce no Brasil e modelo CLT perde força

Preferência por trabalho autônomo cresce no Brasil e modelo CLT perde força

O mercado de trabalho brasileiro passa por uma transformação significativa. A busca por maior autonomia, flexibilidade e melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal tem levado um número crescente de trabalhadores a optarem por modelos alternativos ao regime tradicional da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Dados de uma pesquisa recente da Folha de S.Paulo, divulgada em junho de 2025, confirmam essa tendência. O estudo revela que o trabalho por conta própria e o modelo freelancer vêm ganhando espaço, enquanto a CLT apresenta trajetória de queda. Entre os principais fatores que impulsionam essa mudança estão o avanço do trabalho remoto, a digitalização e a busca por remunerações mais alinhadas ao desempenho individual.

Embora a remuneração variável e a ausência de vínculo empregatício representem riscos, muitos profissionais preferem assumir esse desafio em troca da liberdade de escolher seus projetos e organizar sua rotina.

As empresas, por sua vez, também reconhecem vantagens nesse formato. A possibilidade de reduzir custos fixos, contratar especialistas sob demanda e adaptar equipes conforme a necessidade de cada projeto torna o modelo mais atrativo para diferentes setores.

Contudo, a migração para o trabalho autônomo também impõe desafios. A ausência de garantias trabalhistas, como férias remuneradas, 13º salário e licença-maternidade, além da falta de um arcabouço legal robusto para proteger esses profissionais, gera insegurança e incertezas.

Apesar das limitações, a tendência é de que o movimento de transição da CLT para modelos mais flexíveis continue crescendo nos próximos anos. Diante desse cenário, especialistas apontam a necessidade urgente de atualização da legislação trabalhista, de forma a garantir proteção social e segurança jurídica aos trabalhadores, independentemente da natureza do vínculo profissional.

A transformação em curso reflete uma mudança cultural no mercado de trabalho, onde a busca por autonomia e qualidade de vida se sobrepõe, cada vez mais, ao modelo tradicional de emprego.