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Com o avanço da Inteligência Artificial (IA), o ensino técnico brasileiro entra em uma nova fase. Escolas tradicionais estão reformulando seus currículos e lançando cursos voltados para preparar estudantes para o mercado de trabalho tecnológico, com foco em prática, automação e resolução de problemas reais.
Um dos exemplos é o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, que, para o processo seletivo de 2026, anunciou o curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas com foco em IA e automação. Segundo o coordenador Fernando Ribeiro, o objetivo é oferecer uma formação imersiva e prática.
“As aulas acontecem em laboratórios de informática, com contato direto com programação e desenvolvimento de aplicações reais”, afirma.
A formação busca alinhar teoria e prática para atender à crescente demanda por profissionais capazes de atuar com tecnologias emergentes, inovação e sustentabilidade.
Outro destaque é o Colégio Fecap, pioneiro ao criar o primeiro curso técnico em Inteligência Artificial do ensino médio no Brasil, reconhecido oficialmente pelo MEC em 2023. Desde então, o curso tem formado profissionais especializados e já conta com mais de 130 alunos matriculados.
“A IA não deve estar presente apenas no curso específico de Inteligência Artificial, mas integrada a todos os cursos técnicos”, defende o professor Marcelo Krokoscz.
O Colégio Santa Cruz, na zona oeste de São Paulo, também incorporou a IA em seus cursos técnicos noturnos de Logística e Administração. De acordo com o diretor Roberto Catelli, os alunos aprendem a aplicar a tecnologia em planejamento, automação de processos e análise de dados.
“A IA se tornou uma competência transversal, essencial em qualquer área técnica”, afirma.
O movimento dessas instituições reflete uma tendência nacional: o ensino técnico como motor de inovação. Os novos cursos unem tecnologia, sustentabilidade e visão estratégica para formar profissionais prontos para criar soluções — e não apenas operar ferramentas.