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Participação de pessoas com 60 anos ou mais no mercado de trabalho cresce 69% em 12 anos, aponta FGV IBRE

Participação de pessoas com 60 anos ou mais no mercado de trabalho cresce 69% em 12 anos, aponta FGV IBRE

Entre 2012 e 2024, o Brasil registrou um aumento de 55% na população com 60 anos ou mais, totalizando mais de 35 milhões de pessoas. Um estudo conduzido pela pesquisadora Janaína Feijó, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), revela que essa parcela da população tem ampliado significativamente sua presença no mercado de trabalho. Nesse período, o número de idosos ocupados cresceu cerca de 69%, alcançando 8,6 milhões de trabalhadores.

O levantamento destaca a crescente relevância da chamada "geração prateada", que vem desafiando estigmas ao buscar maior autonomia financeira e engajamento econômico. Contudo, o estudo também aponta entraves, como o baixo nível de escolaridade, que restringe o acesso a empregos formais e melhor remunerados. Atualmente, 53,8% dos idosos ocupados no país estão em situação de informalidade.

A permanência prolongada no mercado de trabalho, segundo o economista André Braz, superintendente de Índices de Preços do FGV IBRE, também é impulsionada pela necessidade de sustentar o próprio custo de vida. A cesta de consumo desse grupo tende a priorizar itens como planos de saúde, medicamentos e alimentos frescos, cuja variação de preços tem impactado de forma diferenciada essa faixa etária. “Desde a pandemia, observamos que a inflação para os idosos tem sido ligeiramente superior à média geral da economia”, pontua Braz.

A pesquisa reforça a importância de políticas públicas voltadas para a valorização e inclusão profissional da população idosa, diante de seu papel crescente na força de trabalho brasileira.