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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), disponibilizou ao público, nesta quinta-feira (10), o novo Painel de Indicadores da Rede de Observatórios do Trabalho. A plataforma interativa tem como objetivo ampliar a compreensão sobre o mercado de trabalho brasileiro ao consolidar, em um único ambiente, dados provenientes das principais bases estatísticas nacionais.
Lançado oficialmente em 2 de julho, o painel reúne informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos sob gestão do próprio MTE. O intuito é oferecer uma leitura abrangente e qualificada do cenário do emprego no país, com possibilidades de segmentação por escolaridade, faixa etária, raça, gênero, setor econômico e localização geográfica.
Com design moderno e navegação intuitiva, a plataforma permite o acesso a gráficos, tabelas e mapas dinâmicos. Os usuários podem aplicar diversos filtros para análises detalhadas nos âmbitos municipal, estadual e nacional. A ferramenta é voltada para gestores públicos, pesquisadores, jornalistas, empresas e cidadãos que desejam compreender com profundidade a dinâmica do mercado de trabalho no Brasil.
“Cada dado apresentado no painel carrega uma realidade distinta. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, essas informações tornam-se ainda mais relevantes, pois evidenciam desigualdades, desafios e potencialidades em diferentes contextos regionais e sociais”, afirmou Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do MTE.
O painel abrange uma ampla gama de indicadores, entre os quais se destacam:
População economicamente ativa: tendências e perfis demográficos;
Força de trabalho: taxas de participação e distribuição por grupos sociais;
Desemprego e subutilização: inserção e desafios no acesso ao emprego;
Ocupações formais e informais: vínculos laborais e acesso à previdência;
Rendimentos: análises comparativas por raça, gênero e região;
Desigualdade de renda: variações entre diferentes segmentos sociais;
Trabalho por conta própria: evolução e perfil ocupacional;
Desigualdades regionais: mapeamento por estados e municípios.
O cruzamento de dados entre PNAD, RAIS e CAGED permite identificar, por exemplo, disparidades entre formalização e remuneração, além de variações entre grupos socioeconômicos e regiões.
Durante o evento de lançamento, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, enfatizou a importância de dados confiáveis na formulação de políticas e no enfrentamento à desinformação. “Muitos alegam que os jovens não desejam mais empregos formais, mas os dados do CAGED mostram que, em maio, 80% das vagas foram ocupadas por pessoas com até 24 anos. É por isso que os dados são essenciais na disputa de narrativas”, afirmou o ministro.
A representante do BID no Brasil, Annette Killmer, destacou o papel da ferramenta na promoção da equidade social. “Nosso objetivo com essa iniciativa é contribuir para a redução da pobreza, enfrentamento das desigualdades e aumento da produtividade nacional”, declarou.